quinta-feira, 28 de maio de 2009

Prefácio e Posfácio


Em meus sonhos de menina idealizei uma vida plena. Momentos plenos, felicidade plena e constante.

Cresci, namorei , casei, tive filhos, plantei uma árvore e estou tentando escrever um livro para fechar minha trajetória nessa vida com a sensação de ter alcançado, afinal, meus objetivos.

Atendo-me ao meu próprio processo evolutivo (?), sinto que tudo ocorreu da forma correta, muito embora eu mesma não tenha percebido o grau de felicidade em que vivi.
O conceito de felicidade que criamos em nossa mente é sempre de ter-se dinheiro para gastar, roupas finas e caras, carros, jóias, viagens, bons empregos, mordomias, um grande amor...
Certo? Errado? Nem um e nem outro? Uns certos e outros errados?

Dependendo do caráter de cada um, dos anseios e desejos tudo isso é a forma ideal de se viver.
Minha própria experiência de vida ensinou-me isso. Engraçado, vivendo e aprendendo a viver.
A vida é uma escola. Com a diferença de que na escola, pode-se exercitar todos os conhecimentos a lápis e estando errado, apaga-se e começa-se tudo de novo.

Na vida, os momentos passam.
Não voltam e devemos conformar-nos em aprender com o erro tentando corrigí-los no futuro.

Minha vida. Só ela é minha. De ninguém mais.

Bom saber que algo é somente meu e de mais ninguém, exercitando um pouco o egoísmo e cuidando para que não a roubem de mim.
Melhor ainda, fazer dela meu ponto de partida e de chegada.
Meu porto seguro, meu orientador, meu advogado de defesa, meu promotor de justiça, meu juiz, meu médico, meu terapeuta ocupacional.
Minha diretriz é você, minha vida. É por isso que te amo tanto!

Simultaneamente, é meu bebê, meu cristal, minha casca de ovo e minha água, que insisto em segurar e escapa de mim à medida que os anos passam, tirando de mim um pouco de si mesma, esvaindo-se homeopaticamente.
Morre-se um pouco a cada dia.

A cada manhã, a sensação de mais um dia de vida e à noite, de menos um dia na vida.
Paradoxal. Real. Acontece com todos.
Viver a vida intensamente, extrair dela o melhor, expurgando o que for o pior.
Respeite minha vida, ela é meu tesouro mais caro, advirto aos que tentam abusar dos limites.

Viver intensamente e com sabedoria é a busca incansável de quem quer ser feliz.
Meu livro começa aqui, já tem uma página que será a primeira e a última, enfatizando o quanto gosto de viver.


Composição e texto:
Raquel Bittencourt

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